quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Especialistas defendem que a educação é forma de resolver problemas vitais


>Data:29/10/2013

>Veículo:Voz da Rússia
>Editoria:Rádio Voz da Rússia
>Jornalista:
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>Assunto Principal:Educação, Educar para viver, Educar para as Realidades da Vida, Preparar os Jovens para Viver Bem

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Especialistas defendem que a educação é forma de resolver problemas vitaisFoto: RIA Novosti



Mais de mil especialistas iniciaram nesta terça-feira uma cúpula em Doha para analisar as melhores formas de inovar a educação com a finalidade de resolver os principais problemas do ser humano, aproximando a aprendizagem da vida cotidiana.

"É preciso educar para viver", ressaltou o sociólogo francês Edgar Morin na primeira jornada da Cúpula Mundial de Inovação para a Educação (WISE), que acontece durante três dias no Centro de Convenções da capital catariana sob o lema "Reinventar a educação para a vida".
Aos 92 anos, o diretor emérito do prestigiado Centro Nacional para a Pesquisa Científica (CNRS) da França reivindicou uma reforma do sistema educacional porque, disse, não se trata só de aprender as disciplinas ou de uma simples profissão.
"Viver é enfrentar também os problemas, os erros e a desilusão", sustentou Morin, para quem o sistema atual está longe da compreensão dos seres humanos, "do próximo e do estrangeiro".
O destacado filósofo do complexo destacou que, no atual contexto globalizado, falta entender as diferentes culturas e introduzir desde o primário objetos de estudo como o consumo, a família e os meios de comunicação.
Nesse sentido, apontou que...
, da mesma forma que no Ocidente a solidariedade se foi "degradando", o mundo mais tradicional ainda precisa desenvolver outras ideias como a democracia.
Por isso, Morin defende uma formação nova, mais específica e multidisciplinar: "Se pensamos em todos os perigos da humanidade e no futuro incerto, então a reforma do conhecimento é absolutamente necessária".
O pensador francês insistiu durante seu discurso que "aprender é enfrentar os problemas vitais que ainda não se ensinam" e destacou a importância de mostrar a complexidade do indivíduo e da sociedade, dois conceitos que são "indissociáveis".
Precisamente esse interesse pela "sincronização" da educação com a vida cotidiana é um dos objetivos da cúpula, que hoje foi inaugurada por Sheikha Moza bint Nasser, mãe do novo emir catariano, Tamim bin Hamad Al Thani.
A sheikha catariana entregou o prêmio WISE, que reconhece o trabalho de pessoas e projetos destacados no âmbito educativo, à colombiana Vicky Colbert, cofundadora de um método pedagógico denominado de "Escola Nova" na década de 1970.
A experiência de Colbert nas zonas rurais de seu país natal lhe serviu para desenvolver com outros dois professores um sistema que gira em torno do aluno, que interage com seus colegas enquanto o docente passa a trabalhar em grupos menores de forma simultânea e em diferente ritmo.
"As inovações não se sustentam na burocracia e se debilitam", por isso é preciso libertar-se desse tipo de ataduras, indicou em entrevista à Agência Efe a especialista, que foi vice-ministra da Educação e conselheira do Fundo da ONU para a Infância para a América Latina e do Caribe e agora dirige uma fundação que se serve de alianças público-privadas.
 Projetos como o de Colbert são divulgados no encontro, que também dedica espaço aos novos métodos de ensino e aprendizagem, às questões de liderança e aos desafios dos países em desenvolvimento, entre outros assuntos.
O diretor da cúpula, Abdullah bin Ali Al-Thani, assegurou, por sua parte, que a educação, que "deve se antecipar às demanda da vida", é um setor prioritário para a agenda do Catar, que investindo sua riqueza em gás e petróleo ganhou visibilidade também com este tipo de congressos internacionais.

--EFE


Futuro, França, educação, pesquisa, desenvolvimento, vida, Ciência e tecnologia


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