Atualizado às 15h35
Peritos russos comentam o ataque em Woolwich para a Voz da Rússia
Alexander Gurov, antigo membro do Comitê para a segurança da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), em entrevista à Voz da Rússia, deu sua opinião no que diz respeito ao atentado em Woolwich: “A Europa e o Reino Unido, esse não é apenas meu ponto de vista, viraram reféns de seu liberalismo informativo artificial. Esse patriotismo quase-religioso, as tendências salafistas e outras tendências radicais chegaram a tal ponto, inclusive na Rússia, que será difícil acabar com elas”.
Um outro especialista, politólogo Pavel Danilin, destaca que os atentados dos meados dos anos 2000 em Londres deixaram claro que no Reino Unido as políticas do multiculturalismo chegam naturalmente ao fim. “Se os imigrantes ultrapassarem os limites, não é de excluir que um novo gabinete de ministros assume uma posição de linha dura para com eles, sujeitando as políticas do multiculturalismo à revisão”.
Professora escolar tentou impedir assassinos do soldado britânico
Antes de a polícia chegar para o local do acidente, uma professora de escola e mãe de dois filhos, Ingrid Loyau-Kenneth, se aproximou do soldado britânico já morto. Os assassinos pediram-lhe para não tocar no cadáver, dizendo querer esperar por policiais para matá-los também.
“Eu o matei. Ele é um soldado britânico que matava as pessoas, matava muçulmanos nos países muçulmanos”, enfatizou um dos criminosos.
Ingrid viu a cena do homicídio da janela de ônibus, pensando que o homem deitado no chão era vítima de um acidente de viação. Então, ela desceu para medir o pulso, na ausência de outras pessoas, capazes de vir a socorrer. Foi nesse momento, revelou mais tarde, que dela se aproximaram os dois homens com a faca na mão.
Entretanto, nos primeiros minutos do acidente, junto do local do crime esteve mais um testemunha ocular, Sam Nicolson, que disse à Voz da Rússia que o assassino tinha dado “algumas facadas à mulher que tentava ajudar o soldado.”
“Senti-me chocado. Woolwich é um bairro pequeno e calmo, sem muita gente nas ruas. Os habitantes se conhecem e se dão muito bem. Claro que tal acidente extraordinário é capaz de chocar.”
O testemunho caracterizou a cena do assassinato sangrento como uma chacina que se prolongou por 20 minutos até que chegasse a polícia.
Como se sabe, os dois criminosos, supostamente islamitas, um dos quais era negro, assassinaram um soldado britânico no bairro Woolwich, do sudeste de Londres. A polícia tentara detê-los, mas os criminosos opuseram resistência armada. O acidente dramático foi qualificado de “um ataque politicamente motivado e executado por islamitas”. Segundo as fontes oficiais, os autores do crime gritaram Allahu Akbar, filmando a carnificina. No avaliar do primeiro-ministro britânico, David Cameron, existem provas de que o incidente pode ter sido um atentado terrorista.
Assassino de Londres explica seus motivos em vídeo
O autor do assassinato de um militar britânico no subúrbio de Londres gravou uma mensagem em video, pedindo às testemunhas oculares para o filmarem com câmera. A gravação foi transmitida no site do telecanal ITV. Nele, um homem negro com uma faca e machete ensanguentados explica que a morte do soldado foi uma vingança pela morte dos muçulmanos.
“Juramos em nome de Allah que nunca deixaremos de lutar, até que vocês nos deixem em paz... Devemos lutar contra eles tal como eles lutam contra nós”, disse o homem.
Por enquanto, os dois assassinos se encontram em estado grave em dois hospitais diferentes sob custódia das forças especiais.