domingo, 24 de março de 2013

SEMENTES DA IIIº GUERRA MUNDIAL

COLAPSO FINANCEIRO DE CHIPRE E UNIÃO EUROPÉIA

Expropriação de valores depositados em bancos, minará a confiança no respeito ao direito a propriedade



Em Chipre, pretendem expropriar parte dos depósitos bancários dos correntistas, com uma "taxa', um "imposto" sobre os depósitos bancários como medida saneadora das finanças nacionais, o que equivale a um roubo, um assalto contra cada um dos correntistas que será expropriado, dessa forma eliminando o direito à propriedade, aliás roubo reconhecido pelo  governador adjunto do Banco Central cipriota Evdokimos Xenophontos que afirmou sobre a "taxa":
".......Pero no podemos hacérselo a los clientes extranjeros que han confiado en nosotros. Sería un robo”, aseveró....."
Sugiro que da Democracia, sistema político tão falado, porém tal mal compreendido e tão pouco praticado, principiam a ser erodidos os fundamentos, os alicerces, com o colapso financeiro de Chipre. Sugiro também, que a crise financeira e as medidas que já foram tomadas de socorro aos banqueiros e as que virão a ser tomadas, são as sementes da IIIº Guerra Mundial, cujos contornos podem ser antevistos com a aliança estratégica que está sendo firmada e formalizada entre Russía e China; a esse respeito sugiro lerem:





Situação no mundo empurra Rússia e China para a cooperação militar





Expropriação à cipriota: Estado de direito custa 5 bilhões de euros

20.03.2013, 17:49, hora de Moscou
Imprimirenviar por E-mailPostar em blog
Chipre, Mandrasescu, crise, bancos, impostos sobre depositos
© Voz da Rússia

Quanto custa a confiança em relação à banca europeia? Como avaliar a confiança no direito europeu? Quanto custa a certeza de que o direito à propriedade privada na UE continua inabalável e "sagrado"? Graças aos esforços conjuntos envidados por líderes europeus e poderes cipriotas, o mundo obteve respostas a estas perguntas.

A confiança em relação ao sistema bancário da Europa e no Estado de direito europeu custa apenas 5,86 bilhões de euros. É essa quantia que as autoridades do Chipre pretendem angariar através do "imposto solidário" a cobrar nas contas bancárias abertas nesse país.
É evidente que a taxa solidária, com efeitos retroativos e imposta sem aviso prévio, não passa de uma justificação jurídica para realizar uma banal expropriação. A julgar pelo fato de ninguém querer assumir a responsabilidade pela decisão tomada, se pode pensar num erro catastrófico cometido e compreendido pelos participantes do diálogo europeu-cipriota. Os representantes da Alemanha e do Banco Central Europeu têm acusado em uníssono as autoridades cipriotas de terem optado por um modo tão exótico de solução de seus problemas financeiros.
O presidente do Chipre afirma ter avisado a Comissão Europeia de que o anteprojeto sobre a taxa solidária não seria adotado pelo Parlamento, fazendo alusões à culpa de Angela Merkel. Enquanto isso, analistas dos maiores bancos europeus salientam que os dirigentes de entidades financeiras se sentem apavorados com a medida.
Hoje já não importa muito o desfecho do jogo diplomático iniciado pelo triângulo Bruxelas - Nicósia - Moscou. Mesmo se a expropriação for cancelada, o sistema bancário cipriota estará condenado à falência. Se a taxa solidária se mantiver, a bancarrota será igualmente inevitável. Porque, independentemente dos resultados das discussões parlamentares, no primeiro dia do trabalho dos bancos, a maioria dos clientes tirará o seu dinheiro das contas. Claro que nenhum banco é capaz de sobreviver após a saída simultânea da maior parte dos clientes. Assim, a Europa, numa tentativa de prevenir a crise bancária, criou condições para a falência rápida de seus bancos. Nestas circunstâncias, os titulares das contas perderão 40 - 60% do dinheiro depositado. A diferença nas avaliações das eventuais perdas se deve à relutância das autoridades e de alguns analistas de calcular bem os efeitos da fuga de capitais que se aproxima.
À primeira vista, a queda do setor bancário do Chipre não deve representar ameaça à economia da UE, mas tal impressão pode não estar correta. Basta apreciar de forma objetiva a reação do mercado monetário para ver o evoluir da fuga de capitais sob alçada jurídica da UE. Os capitais procedentes da Europa estão buscando "zonas tranquilas" com um risco mínimo de expropriação. Segundo estimativas prévias, os maiores beneficiários das falhas cometidas serão a Suíça, Singapura e a Noruega.
Em face de eventuais cenários, a fuga de capitais da Europa poderá abranger muitos países, provocando uma reação em cadeia. Presentemente, os cenários se enquadram numa alternativa de formato clássico: um fim horroroso ou o horror sem fim. Em todo o caso, é óbvio a confiança em relação à UE ficou definitivamente abalada. Os donos de capitais nas zonas offshore ficaram desiludidos quanto à existência de jurisdições mundiais firmes e seguras. Não se exclui a hipótese de que alguns oligarcas russos intentem processos para obter de volta uma parte do dinheiro perdido. Neste contexto convém recordar as palavras proféticas do presidente Vladimir Putin que, em 2011, alertou para tais cenários pessimistas e futuras tentativas de descongelar os meios depositados fora da Rússia.
Para a Rússia, o colapso financeiro do Chipre será uma chance única do gênero. A maior parte de oligarcas russos não sabe bem a história do assunto. A expropriação levada a cabo pelo presidente Roosevelt em 1933 e o default financeiro de 1971 não lhes dizem nada. Tal ignorância, aliada à experiência específica dos negócios promovidos no período pós-soviético, levou à idealização dos sistemas jurídicos e financeiros do Ocidente. A crise econômica mundial pôs início ao processo da desilusão, que termina com esta crise bancária no Chipre.
Claro que uma parte de oligarcas continuará procurando "sítios calmos e seguros" até que as zonas offshore desapareçam por completo. A outra parte pensará em repatriação dos capitais. Para além de este vir a ser um gesto político oportuno, um sinal de bom-senso e do zelo em relação aos capitais próprios.
A crise bancária cipriota poderá levar à mudança da mentalidade de uma parte da elite russa. O descalabro no centro financeiro no Chipre elevará as despesas em transações com "importações cinzentas", engendrando problemas com a liquidez nalgumas empresas russas. É provável que uma parte de grandes empresas passe para a jurisdição russa e venha a aderir ao sistema financeiro nacional, receando perder os meios retidos no exterior e não se guinado por sentimentos patrióticos. É importante agora não perder tal chance.







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