sexta-feira, 22 de março de 2013

MUNDIAL CRISE FINANCEIRA - CHIPRE - RUSSIA - UNIÃO EUROPÉIA

BANQUEIROS AGEM COMO PREDADORES

E quem paga o estilo de vida dos banqueiros, sempre é o povo



O que fazer se Bruxelas sugerir atirar-se pela janela?


21.03.2013, 14:57, hora de Moscou
Imprimirenviar por E-mailPostar em blog
Cyprus Popular Bank, Bruxelas, Chipre
EPA

Segundo estimativas diversas, os russos detêm, em respectivas contas bancárias do Chipre, depósitos num total de 18-26 bilhões de dólares. Não é muito difícil imaginar qual seria um volume de perdas que os clientes sofrerão após a decisão das autoridades locais no sentido de introduzir um imposto sobre estes depósitos.

O presidente da Associação dos Bancos Russos, Gareguin Tusenyan, disse em entrevista á Voz da Rússia deu o seu parecer sobre o evento.
"Até hoje pensei que a UE sabia encontrar saídas para situações complicadas de crise. Mas a sua última iniciativa foi realmente chocante. A decisão não está correta. Acabou por afetar a reputação tanto da zona paradisíaca offshore, como da União Européia."
A situação no Chipre foi comentada ainda pelo dirigente da agência de peritagem Neokon, economista Mikhail Khazin.
"Sigo com muita atenção as regras do jogo financeiro. Creio que tal violação pela UE, ou seja, pela RFA, foi possível com o consentimento do FMI. A instituição de Bretton Woods, tomou a decisão, compreendendo ser impossível preservar o sistema bancário mundial em seu atual estado. A grosso modo, que se lixem os bancos! Já não importa se os deputados cipriotas aceitarão ou não a exigência comunitária, porque o default foi, de fato, anunciado. O encerramento dos bancos, que não funcionam pelo sexto dia consecutivo, significa um colapso financeiro. Cedo ou tarde, ele irá alastrar-se por outros países, inclusive Portugal, Espanha e Itália. Se o depósito deixa de ser um ativo seguro, se torna difícil prever o evoluir do sistema bancário. Por isso esta foi uma catástrofe!"
Angela Merkel solicitou que o Chipre travasse conversações sobre o crédito apenas com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o FMI, sem convidar para o efeito terceiros países, em particular, a Rússia. Todavia, os ministros das Finanças e da Energia, em conjunto com a direção do segundo maior banco cipriota – Cyprus Popular Bank – resolveram solicitar auxílio a Moscou. O Presidente Anastasiades até ligou ao Kremlin, pedindo o dinheiro em troca de bancos e depósitos de gás.
Mas como foi possível Nicósia não dar ouvidos ao conselho de Bruxelas? Mikhail Karen comenta:
"É uma situação complicada. Assistimos ao conflito agudo entre Putin e Merkel por causa de esferas da influência. Merkel diz: o Chipre pertence a nós. Putin retorquiu, afirmando que não, o Chipre "não é apenas de vocês". A UE procura a liderança na definição das regras do jogo financeiro. O que será se ele algum dia pedir, no sentido figurado, para "atirar-se pela janela" na altura em que se sente capaz de manter a estabilidade na zona do euro? Os seus países membros, perdendo a paciência, procedem à busca das fontes de financiamento alternativas. Por isso, o fato da desobediência de pequenos Estados, como o Chipre, traduz a evidente culpa de Bruxelas."
Segundo informações de agências de notícias, em 21 de março a delegação cipriota prosseguirá as conversações sobre esta temática em Moscou.

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